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Recursos Humanos

CONARH 2024: tudo que aconteceu no maior evento de RH da América Latina

CONARH 2024: tudo que aconteceu no maior evento de RH da América Latina

O mundo dos recursos humanos está repleto de eventos imperdíveis, e um dos mais esperados para acompanhar a evolução do setor é o CONARH 2024, o maior congresso de RH da América Latina.

Durante três dias de evento, líderes e especialistas buscam realizar uma imersão completa no futuro do RH, explorando as últimas tendências e estratégias que estão moldando o futuro do RH corporativo.

Neste artigo, compartilharemos as informações mais relevantes e atualizadas do CONARH 2024, com cobertura completa das principais palestras realizadas no auditório principal e também arenas do congresso.

Fique atento às nossas atualizações diárias, insights exclusivos e tudo o que você precisa saber para acompanhar de perto o CONARH 2024!

Sobre o 50º CONARH

A 50ª edição do CONARH acontece nos dias 27 a 29 de agosto, de forma presencial, no São Paulo Expo – Pavilhões 6, 7 e 8.

O evento, que na última edição presencial reuniu mais de 32.000 pessoas, é considerado um dos maiores do gênero no mundo.

Com o objetivo de compartilhar inovações e provocar reflexões sobre os temas mais atuais do universo de gestão e desenvolvimento humano, o CONARH 2024 conta com 3 dias de conteúdo e exposição, incluindo palestras magnas, simultâneas, arena virtual e fóruns temáticos.

Cobertura Pandapé no CONARH 2024

De 27 a 29 de agosto, junto do time Infojobs, o Pandapé está presente no CONARH 2024, com um time de redatores envolvidos ativamente envolvida nas principais palestras, participando das discussões mais relevantes e trazendo insights sobre os temas mais pertinentes para RHs e líderes diretamente do congresso.

Com esse conteúdo, reforçamos nosso compromisso em manter o público atualizado e reafirmamos nossa posição como especialistas que acompanham e também lideram as tendências que moldam o futuro do mercado de trabalho.

Fique atento às nossas atualizações e acompanhe de perto nossa cobertura no CONARH 2024!

Primeiro dia – 27/08

Seguindo o tema principal da 50° edição do CONARH,“Impactando e Inspirando o futuro da Gestão”, o primeiro dia de palestras abordou aspectos de liderança, gestão de pessoas, cultura e transformações no RH. Confira os principais debates e reflexões que acompanhamos:

Palco 3: Desenvolvendo líderes e times internamente 

Como desenvolver times eficazes e sustentáveis? Essa foi a principal temática do painel que reforçou como a habilidade de formar times fortes prepara tanto os profissionais quanto a empresa para enfrentar desafios futuros e alcançar entregas consistentes. 

Caroline Marcon, Consultora organizacional e Autora do livro “O Poder dos Times AAA” destacou a importância de atrair a atenção dos executivos para o desenvolvimento de equipes que possam entregar resultados com qualidade. E pontuou que times “triple AAA”, devem começar pela base de confiança, em um mix de credibilidade, confiabilidade e intimidade, argumentando que a confiança genuína e a visão sistêmica são essenciais para o sucesso da equipe. 

Marcon também abordou a importância de investir em oportunidades que envolvam resiliência, colaboração e liderança, argumentando que, enquanto produtos e processos podem ser replicados, a cultura e o talento humano são únicos e insubstituíveis.

Já na visão de Carlos Frederico, Diretor de Gente e Cultura na Brasal, a chave para uma liderança eficaz é a autenticidade e a paixão pelo trabalho. Ele defendeu que líderes devem buscar se tornar autossuficientes e inspirar outros sem precisar realizar uma supervisão constante. Ficando claro a importância de fortalecer os times pela comunicação e colaboração.

Magna 1: Case Globo – A transformação do negócio através das pessoas

Um dos nomes destaques do CONARH 2024, o diretor-presidente da Globo apresentou a primeira palestra magna do dia, sendo  entrevistado pela jornalista Aline Midlej, o executivo ofereceu uma visão profunda sobre as mudanças na gigante da mídia, e como a programação, abordagem e cultura passou por transformações ao longo dos últimos anos.

Paulo Vieira, o comediante que fez a abertura, usou o humor para introduzir o tema da transformação cultural na Globo, antes de passar a palavra para Marinho. A discussão girou em torno das significativas mudanças que a Globo vem enfrentando, impulsionadas pela necessidade de se adaptar a novos modelos de negócio e a uma concorrência acirrada, colocando em foco como as pessoas fazem esses projetos acontecer e como é necessário que o RH alinhe expectativas e propague novos modelos organizacionais. 

Assim, Paulo Marinho destacou que essas mudanças não apenas impactam os processos, mas também as pessoas dentro da organização. E que a liderança desempenha um papel crucial em gerenciar essas transformações culturais e estruturais, além também do suporte que a Globo teve de consultorias para redesenhar seus processos internos, visando maior agilidade, fluidez e eficiência. A transformação exige que a empresa compreenda seu direcionamento e também identifique colaboradores que possam não se encaixar nesse novo modelo. Além disso, o executivo mencionou a integração de Inteligência Artificial na criação de conteúdo, ressaltando que essas ferramentas servem para apoiar, mas não substituir a criatividade humana.

Para finalizar, Marinho falou sobre a responsabilidade de liderar uma empresa com um alcance tão vasto. Ele defendeu que a coragem para mudar e desafiar o status quo é fundamental para a transformação dos negócios. A liderança, segundo ele, é essencial para formar equipes com competências diversificadas e de alto rendimento, facilitando agendas, processos e mudanças, e, portanto, desempenhando um papel crucial na evolução e sucesso contínuo da Globo.

Arena SulAmérica: Desenvolvendo talentos – um olhar integrado cria atletas e equipes de alta performance

Pense no símbolo dos 5 arcos coloridos das Olimpíadas. O que ele representa? Daiane dos Santos iniciou a palestra refletindo sobre a importância da alta performance no maior evento esportivo do mundo. 

Um dos maiores nomes da modalidade, a ex-ginasta, conta sobre a evolução do Brasil desde os anos 2000, tendo o objetivo de classificar um time feminino de ginástica artística e alcançar o pódio nas Olimpíadas. 

Com uma meta clara e bem definida, o país entendeu que precisava fazer uma mudança no formato de treinamento, que não era homogêneo em todos os lugares do país, além de melhorar a qualidade da estrutura nas escolas e aproximar as futuras atletas da modalidade, explica Daiane.

Após alguns ciclos olímpicos, Paris 2024 ficou marcada pela conquista da tão sonhada medalha olímpica por equipes, com Rebecca Andrade, Flávia Saraiva, Julia Soares, Jade Barbosa e Lorrane Oliveira. Além das mudanças consideráveis nos treinamentos, a receita para chegar nesse feito inédito foi a criação de um time integrado e multidisciplinar, composto por diversas frentes de trabalho: fisioterapeutas, treinadores, médicos, atletas, psicólogos, patrocinadores, familiares e o público. Essa nova postura atrelada à resiliência, foco, disciplina e cuidado aos detalhes, trouxe não só a medalha de bronze, mas um novo patamar para o Brasil na ginástica artística mundial. 

Se pudermos traçar um paralelo com o mundo corporativo, montar times multidisciplinares é um desafio que se encarado com prioridade pode gerar resultados incríveis, assim como na ginástica artística brasileira.

Palco 1: Inteligência Artificial – Impactos na gestão de pessoas

A Inteligência Artificial, com diversos recortes, ganhou destaque no CONARH 2024, colocando em foco como estamos passando por uma transformação significativa na maneira que o mercado de trabalho encara a tecnologia. 

Nesse painel, Alexandre Del Rey, Fundador da I2AI e Engrama, destacou que a IA, embora discutida amplamente dentro do campo da tecnologia e do universo acadêmico, passou a ser abordada em outros setores apenas recentemente, e assim, muitas áreas, como o RH estão se adaptando radicalmente a forma que interage com esses recursos. 

Para Jill Goldstein, HR and Talent Transformation Global Managin Partner e IBM Consulting, o desafio é garantir que os profissionais saibam como utilizar a IA para melhorar seu desempenho e garantir resultados, o que requer uma comunicação eficaz com as equipes de TI e uma abordagem proativa em vez de reativa, além da necessidade de treinamentos para maximizar o uso dessas ferramentas..

Joyce Prestes, Líder Global de Operações e Conteúdo na Meta sugeriu começar com testes pequenos para integrar a IA ao dia a dia e enfrentar o medo e a incerteza que cercam a tecnologia. Para ela, a evolução dos dados e da Inteligência Artificial, combinada com a ansiedade das mudanças, destaca a importância do papel do RH em preparar e adaptar as equipes fazendo uma boa gestão dos times nesse cenário. Ou seja, a capacidade do RH de facilitar essa transição é crucial para melhorar os processos e minimizar os ruídos, ajudando os profissionais a se ajustarem às novas demandas.

Arena Totvs: RH Estratégico – O caminho para a excelência organizacional

O grupo de painelistas iniciou a conversa, “desromantizando” o conceito de estratégia no RH, que para muitos significa estar sempre em projetos com investimento alto ou em mesas de decisões, mas na prática ser estratégico nada mais é organizar os recursos para as empresas chegarem em seus objetivos. Larissa Mendes da EBX, explica que às vezes uma simples planilha, pode trazer visibilidade para determinada unidade de negócios, transformando em uma visão limpa e transparente. O RH deve ter interesse em conhecer os objetivos da organização e entender a dor da liderança, para conseguir montar um plano tático alinhado às necessidades do negócio. Ou seja, se através de uma atividade, foi possível resolver o problema ou contribuir para que a empresa chegasse mais perto da meta, o RH foi estratégico. 

E para chegar nesse nível de conclusão, o setor precisa ter a capacidade de materializar e customizar as ações de acordo com cada situação, considerando não só a metodologia, mas observar também o perfil da população e do ambiente. O grupo destaca também a importância da flexibilidade no RH, para se adaptar às mudanças e replicar esse comportamento para o restante da companhia como um impulsionador de resultados. 

Magna 2 – Vamos falar sobre saúde mental?

Outro nome famoso que participou do CONARH 2024, foi o Palestrante, Ator, Produtor e Diretor Brasileiro, Marcelo Serrado, que falou com sensibilidade ao compartilhar sua experiência pessoal com crises de pânico, ansiedade e burnout. Ao iniciar sua apresentação, o autor fez um questionamento ao público sobre quem já enfrentou situações semelhantes, resultando em uma significativa participação do auditório.

A partir disso, ele trouxe a temática com foco na palavra “vulnerabilidade”, ressaltando a importância de reconhecer e expor nossas fraquezas, incluindo também o contexto corporativo, no qual o RH deve ser esse ponto de contato com os colaboradores.

Marcelo enfatizou o valor do acolhimento no ambiente de trabalho, sugerindo que colegas e líderes estejam atentos às necessidades emocionais uns dos outros. Ao falar dos desafios de lidar com crises emocionais no ambiente corporativo, Serrado lembrou que o poder está na mente e não no cargo.

A palestra terminou com um momento de descontração, no improviso, o ator chamou ao palco os apresentadores do CONARH 2024 e divertiu o público do primeiro dia cantando músicas de Roberto Carlos e Wando.

Arena Totvs – Como soluções de atenção primária vão transformar a saúde nas empresas

Oferecer um plano de saúde para seus familiares é um sonho de muitos brasileiros, porém  apenas 22% vive essa realidade. Atualmente, ter acesso a planos de saúde é algo mais restrito para empregados de carteira assinada e representa o 2º maior custo nas empresas, depois da folha de pagamento (dados da ANS e pesquisa do dr.consulta). Com isso, a pauta de saúde das empresas, que antes era responsabilidade do analista de benefícios passou a ser discutida na alta liderança, é o que conta Massanori Shibata, CEO do dr.consulta.

As empresas precisam ter cuidado com a prevenção de doenças, observando ativamente seus colaboradores. Na maioria dos casos, as patologias são simples que não dependem de hospitais, mas culturalmente no Brasil e no mundo, o excesso de exames e idas ao pronto socorro é bastante comum. 

Shibata reforça que as corporações precisam priorizar a atenção primária na saúde da sua população, e isso só é possível com programas de prevenção de maneira massiva e contínua. Não basta apenas uma palestra ou um panfleto para conscientizar sobre a importância do impacto de hábitos saudáveis na prevenção de doenças. 

Segundo dia – 28/08

No segundo dia do CONARH 2024, o tema central continuou a explorar a evolução da gestão de pessoas, abordando temas como novos modelos de remuneração, o impacto das soft skills no futuro do trabalho, a importância de uma liderança eficaz em tempos de crise, o protagonismo feminino, e a construção de um ambiente corporativo produtivo e inclusivo. Veja os principais destaques:

Palco 3: – Novos modelos de remuneração

O painel discutiu a necessidade de adaptar os pacotes de benefícios para acompanhar as mudanças nas expectativas dos colaboradores. Claudio Costa, Danielle Luz e Marco Santana abordaram a importância de revisar esses pacotes periodicamente, considerando a diversidade nas organizações e as diferentes fases de carreira dos funcionários.

Claudio Costa, Membro do Comitê de Remuneração, Pessoas e ESG da Arezzo, destacou que as preferências dos colaboradores mudam com o tempo, e as empresas devem estar prontas para ajustar os benefícios a cada seis meses, garantindo que eles reflitam as necessidades atuais. Ele enfatizou que o foco deve estar em abraçar a diversidade dentro das equipes, ao invés de tentar agradar uma geração específica.

Danielle Luz, Pesquisadora nas áreas de tecnologia e RH na UFRJ, apontou que a transparência nos processos de remuneração é crucial. Ela argumentou que não basta apenas oferecer novos modelos de benefícios; é necessário comunicar claramente o valor desses pacotes para que os funcionários compreendam suas vantagens.

Marco Santana, Managing Partner na ERX Consulting, trouxe a perspectiva da Inteligência Artificial (IA) no mercado de trabalho. Ele explicou que a IA tem o potencial de transformar atividades como a descrição de cargos, análise de dados e recomendações de mérito, desde que seja alimentada com informações corretas. Santana reforçou que, apesar do avanço tecnológico, o desafio maior é a constante atualização dos profissionais para evitar a obsolescência.

Magna 4: Gestão de pessoas – desafios, perspectivas e ações na visão dos CEOs

“Não adianta criar um departamento de felicidade se a cultura organizacional não está alinhada com esse propósito.” Com essa afirmação, Ricardo Costa, Chairman do Grupo Bernardo da Costa, deu o tom do painel que discutiu os novos desafios dos CEOs. Antonio Batista da Silva Junior, Presidente Executivo da Fundação Dom Cabral, ressaltou que os líderes agora precisam se concentrar em criar legados duradouros, além de simplesmente entregar resultados.

Ana Claudia Plihal, Presidente do LinkedIn Brasil, destacou que, apesar das muitas mudanças no cenário global, o equilíbrio entre custo e eficiência continua sendo um desafio constante para os CEOs, especialmente em um ambiente de rápidas mudanças geopolíticas, energéticas e tecnológicas.

Dilma Campos, CEO da Nossa Praia e Head de ESG da B&Partners, enfatizou o impacto do ESG na transformação dos profissionais do futuro, afirmando que o verdadeiro stakeholder é qualquer pessoa que interaja com a marca. Ela também chamou a atenção para a necessidade dos CEOs de compreenderem a composição demográfica de suas empresas, com a Geração Z assumindo um papel cada vez mais relevante no mercado de trabalho.

Ricardo Costa ainda abordou a importância de um salário digno, lembrando que o salário emocional, por mais relevante que seja, nunca o substituirá. Ele defendeu que os CEOs precisam confiar em suas equipes, liderar pelo exemplo e aceitar que as pessoas irão agir de maneira diferente. Por fim, o painel discutiu o impacto social transformador da Inteligência Artificial, que, segundo Ana Claudia Plihal, permite que os líderes foquem no que realmente importa.

Palco 2 – Futuro do Trabalho

“85% do sucesso profissional vem das soft skills, ou como eu prefiro chamá-las, power skills”, afirmou Borja Castelar, Ex-Diretor do LinkedIn, Futurista e Autor Best-seller, ao iniciar a discussão sobre o futuro do trabalho. Ele destacou que, enquanto o aprendizado técnico tende a ser priorizado, é crucial focar nas soft skills, que são frequentemente negligenciadas no sistema educacional. Castelar apontou que, enquanto a IA pode substituir muitas habilidades técnicas, as soft skills, ou “power skills”, permanecem insubstituíveis no mercado de trabalho atual.

David Plink, CEO do Top Employers Institute, enfatizou que o verdadeiro risco não é ser substituído pela IA, mas ser superado por pessoas que sabem usá-la. Ele alertou que a empregabilidade de muitos está em risco justamente por resistirem às mudanças tecnológicas, ao invés de abraçarem e dominarem a IA.

Isabel Armani, Fundadora da Thérèse – Desenvolvimento Organizacional, complementou a discussão, afirmando que os resultados extraordinários são sempre alcançados coletivamente. Ela destacou que a relutância em adotar novas tecnologias ameaça a empregabilidade de uma parte significativa da população, reforçando a importância de equilibrar o desenvolvimento de habilidades técnicas e comportamentais para permanecer competitivo no futuro do trabalho.

Arena Totvs: Maestria no caos – Liderança eficaz em tempos de crise, com Vania Ferrari 

Vania Ferrari, especialista em desenvolvimento humano e dona do palco como se auto intitula, inicia a palestra pedindo ao público uma forte salva de palmas no segundo dia de CONARH 2024, com o objetivo de valorizar o momento tão especial. Nesse ânimo, ela afirma que o ambiente de trabalho é mesmo caótico, os problemas existem, mas estão lá para serem resolvidos e, o desafio do RH e da liderança é transformar o caos em ordem a partir de suas competências e de seus colaboradores. 

Vania ressignifica o conceito de C.A.O.S apresentando respostas para lidar com períodos de crise: 

  • Calma: se, estar sempre ocupado e apressado é algo comum, precisamos priorizar ter um tempo de qualidade para se observar. A calma é valorizada, é importante ser ágil, mas não afobado. É possível tomar decisões menos impulsivas e entregar com mais qualidade;
  • Autoconhecimento: conhecer sua potência, entender o corpo, mente e coração, além de escrever suas metas e ensinar isso aos seus colaboradores, permite que as discussões sejam mais objetivas e os resultados mais potentes;
  • Ouvido atento: a especialista incentiva os líderes a ouvirem seus colaboradores com vontade e entender a peculiaridade de cada um dentro do time, só assim é possível “explodir as molduras dos seus pequenos hábitos mentais” e transformar as perspectivas, permitindo alinhamentos mais empáticos;
  • Simplicidade: facilitar a sua rotina. Vania enfatiza que as pessoas não precisam estar em todos os lugares, reuniões e projetos ao mesmo tempo. Com a agenda cheia, o estresse é garantido, por isso, apostar em simplificar as tarefas do dia a dia pode abrir um leque de possibilidades e descomplicar o caos.

A dona do palco finaliza dizendo que “RH bom é aquele que atua na causa do problema”, cuidando de gente, conhecendo todos os processos da companhia e priorizando aquilo que vai fazer diferença nos resultados. 

Arena Ticket: O poder do protagonismo feminino unindo forças

Tatiana Romero, diretora de RH da Ticket, inicia a palestra contando sobre sua trajetória até chegar nesta posição e indica às mulheres a priorizarem o autoconhecimento, pois através dele, a executiva sentiu mais confiança em suas relações no trabalho, deixando de lado o sentimento de impostora ou incapacidade. 

A partir do autoconhecimento as pessoas encontram propósito, a influenciadora de RH e mentora, Edna Vasselo, reforça que ter o propósito bem definido e escrito, ajuda a ter decisões mais assertivas. 

As palestrantes contam sobre o desafio do protagonismo feminino no ambiente corporativo, onde apenas 35% das mulheres ocupam cargos de liderança. Muitas mulheres ainda têm insegurança na hora de fazer networking, aceitar uma vaga de liderança ou ocupar um espaço antes majoritariamente ocupado por homens. Vasselo diz sobre a importância da mulher encarar os desafios com protagonismo, tendo auto responsabilidade, ocupando o espaço com firmeza e se autovalorizando. 

“O sucesso de outra mulher não é meu fracasso”, com esta frase, a influenciadora de RH incentiva as mulheres a criarem uma rede de apoio nas corporações, desenvolvendo um papel de apoio e compartilhando experiências que ajudam cada uma avançar e dar seu próximo passo na carreira. 

Arena Bradesco: Produtividade sustentável

A jornalista e criadora do movimento produtividade sustentável, Izabella Camargo, traz ao CONARH 2024 um assunto bastante relevante para que os profissionais e empresas alcancem seus objetivos de carreira e de negócio sem prejuízos, priorizando a saúde e o bem-estar no trabalho. 

As pessoas estão adoecendo por falta de comunicação sobre a manutenção da saúde, pois não adianta conquistar os objetivos e se perder (ou perder partes de si) pelo caminho. A vida é uma só, por isso é necessário equilibrar os objetivos pessoais e profissionais e aprender a identificar as mensagens que cada dor pode passar. Izabella afirma que pessoas que amam o que fazem tem muito mais chances de se deixar para depois, e não podemos silenciar a dor ou procurar recompensas imediatas como compras, bebidas ou má alimentação, por exemplo. 

Portanto para ser sustentável não podemos ter atitudes insustentáveis, ela explica que para atingir a produtividade sustentável, dois pilares importantes na organização que são o líder e o liderado, precisam se comunicar e cuidar de três principais pontos: 

continuar fazendo o que ama sem prejuízos, equilibrar objetivos pessoais e profissionais e ter longevidade com autonomia. 

Além disso, encarar os erros como algo pedagógico, permite que o ambiente corporativo tenha mais segurança psicológica no dia a dia, favorecendo o diálogo saudável e diminuindo o estresse e medo, que muitas vezes fazem as pessoas não priorizarem seus sentimentos e dores. 

Arena Pandapé: Liderança transformadora em tempos de mudança: construindo equipes resilientes e adaptáveis

Rachel Maia, a primeira CEO negra no Brasil e atual conselheira administrativa de grandes empresas, esteve no estande do Pandapé no segundo dia de CONARH 2024 e falou sobre a responsabilidade que todas as pessoas têm dentro das organizações para transformar o ambiente que ainda é bastante preconceituoso e desigual. 

Maia precisou lidar com muitas situações adversas durante sua trajetória, mas reforça que desconstruir para construir o novo é o caminho, para isso é necessário que todos estejam disponíveis às mudanças, pois a responsabilidade não está só no RH, mas também em todos os níveis da liderança. 

A conselheira destaca que a pluralidade nas corporações é o principal fator a ser considerado para quebrar paradigmas, não compactuar com qualquer tipo de preconceito ou segregação, e gerar bons resultados. A transformação é diária, saber se posicionar perante aos desafios e ter um olhar atento ao impacto socioambiental de cada ação ajuda a mudar a forma como as coisas acontecem, é preciso ter uma preocupação com o outro e não aceitar comportamentos que antes não eram considerados como algo errado. 

Terceiro dia – 29/08

No terceiro dia do CONARH 2024, diversos painéis discutiram temas centrais como inovação, liderança e cultura organizacional, abordando como as empresas podem se adaptar e evoluir para enfrentar os desafios atuais.

Palco 1: Inovando em cultura e aprendizagem organizacional

“Se queremos experimentar um ambiente de experimentação, mas exigimos resultados perfeitos, nós certamente não estamos falando de inovação.” Com essa afirmação, Michelle Lourenço, Gerente Executiva de Pessoas, SST e Comunicação na Auren Energia, destacou a necessidade de criar uma cultura que permita erros e aprendizados no processo de inovação. Marcelo Jabur, Diretor da Instrumenta Consultoria e Desenvolvimento Humano, complementou, afirmando que “aprendizagem organizacional não é pra quem pode, é pra quem quer”, reforçando a importância da disposição para aprender e experimentar.

Carlos Domingues, Head Talent, Change Management & Learning na PepsiCo, trouxe uma perspectiva ampliada sobre aprendizagem, destacando a importância de estar sensível à vida em todos os aspectos, e não apenas no ambiente de trabalho. Essa visão é essencial para descobrir novas possibilidades de aprendizagem e crescimento.

O painel também discutiu a necessidade de envolver mais pessoas nas decisões de RH. Marcelo Jabur argumentou que, para criar soluções eficazes, é preciso trazer diferentes vozes, inclusive de iniciantes, para as discussões desde o início. Essa inclusão não só melhora a proposição de soluções, mas também aumenta o engajamento. “Quando as pessoas estão contribuindo, elas se sentem mais engajadas”, afirmou, ressaltando que uma cultura de aprendizagem inclusiva beneficia a todos.

Palco 1: Não quero ser líder!

“Liderar não é sobre saber todas as respostas, mas sobre saber fazer as melhores perguntas para que seu time encontre as respostas.” Com essa reflexão, Dafna Blaschkauer, Executiva Global (Nike, Apple, Microsoft), Autora do Best Seller Power Skills, Conselheira e Mentora – L3 Academy, abriu a discussão sobre a liderança no mundo atual, abordando a importância de um legado que vai além das palavras e ações, mas que se fixa na forma como os líderes fazem suas equipes se sentirem. Ela citou Maya Angelou para reforçar que, no fim do dia, o verdadeiro impacto da liderança está nas emoções que ela desperta nas pessoas.

Du Migliano, CEO & Co-Founder da 99jobs.com, destacou o isolamento que muitas vezes acompanha posições hierárquicas elevadas, questionando como desenvolver uma geração que seja ainda mais resiliente e perseverante. Ele introduziu o conceito de III – Inspirar, Influenciar e Impactar – contrastando a antiga mentalidade de “pedalar e remar” com a nova geração, que questiona e desafia, mas que não deve ser vista de forma negativa por isso.

A discussão também abordou a importância de reconhecer que nem todos desejam ser líderes, e isso é essencial, já que não há espaço para todos nos postos de liderança. Migliano enfatizou a necessidade de compreender as intenções e sonhos individuais, pois o papel da liderança não é apenas inspirar a confiança dos outros em si, mas também ajudá-los a confiar em si mesmos.

Dafna também abordou o conceito de fracasso como uma oportunidade de aprendizado, ressaltando que a desmistificação do fracasso é fundamental para criar ambientes psicologicamente seguros, onde as melhores inovações e serviços podem surgir. Ela concluiu destacando a importância da empatia na liderança, explicando suas três camadas: cognitiva, emocional e a preocupação empática, todas essenciais para um líder efetivo.

Magna 5: A arte de sonhar e fazer acontecer – Cultura e propósito por trás do maior festival de música do mundo

Luis Justo, CEO do Rock in Rio, compartilhou como a cultura organizacional e o propósito têm sido fundamentais para o sucesso do festival. Ele abordou temas como cultura, propósito, jornada do cliente, coragem, proposta de valor, experiência e inovação no mercado de entretenimento, destacando a importância de se adaptar às mudanças do mercado e de investir em experiências únicas para o público. “É preciso entender o que o seu cliente realmente precisa, ser apaixonado pelo que faz, ter propósito, foco e proporcionar as melhores experiências”, afirmou Justo.

Durante sua apresentação, Justo também citou uma frase de Theodore Roosevelt: “Coragem não é a ausência de medo, mas a avaliação de que algo é mais importante que o medo”, enfatizando a importância de enfrentar desafios com coragem para alcançar grandes objetivos. Ele compartilhou diversos cases de sua carreira, mostrando como a capacidade de transformar crises em oportunidades tem permitido ao Rock in Rio manter-se relevante e continuar a criar experiências memoráveis para milhões de pessoas ao redor do mundo.

Luis Justo concluiu com uma mensagem inspiradora para o público: “Os sonhos não possuem limite.”

Arena SulAmérica: Por que profissionais estão resistindo às posições de liderança?

Segundo o relatório de prioridades para líderes de RH em 2024 da Gartner, o desenvolvimento de líderes aparece em primeiro lugar, isso reforça a importância das empresas criarem uma frente de trabalho focada em desenvolver líderes desde o início da jornada do colaborador, principalmente quando as gerações mais jovens como a Gen Z têm maior resistência em ocupar cargos de gestão. É o que destaca o grupo de painelistas composto por Marisol Camarinha (Consultora em Gestão de Pessoas), Aline Moraes (Gerente de RH da Benefício Fácil), e Daniel Spinelli  (Pesquisador e autor do livro “A potência da liderança consciente”.

Para lidar com esse desafio, Spinelli indica que é preciso começar pela autoliderança, identificando pontos fortes e aqueles que precisam de mais atenção, ter consciência daquilo que é feito e promover segurança psicológica para que os liderados se sintam ouvidos e confortáveis em propor novas ideias. Assim é possível construir uma liderança que inspira e é capaz de construir pontos ao invés de barreiras.

E o RH que enfrenta dificuldades na contratação de lideranças, Aline explica como tem atuado na Beneficio Fácil, com uma política de trabalho flexível, auxílio financeiro para quem atua de maneira remota, licença parental estendida e incentivo ao desenvolvimento de carreira dos colaboradores com PDI (plano de desenvolvimento individual) anual. 

Daniel Spinelli concluiu que, para o futuro das organizações, é essencial desenvolver uma liderança que não apenas alcance resultados, mas o faça de maneira humana.

Arena Flash: De coadjuvante à protagonista na transformação: estudo inédito revela desafios da tecnologia no RH

A pesquisa inédita da Flash em parceria com a Think Work revela que 40% do RH ainda não digitalizou ou utiliza a tecnologia para facilitar os processos, ainda é um setor com muita burocracia e ações manuais.

Aline Wightman, CHRO e sócia da Monashees, recomenda aos profissionais de RH que é possível utilizar ferramentas que ajudam a construir processos mais alinhados e estratégicos logo no começo da jornada de cada empresa ajudando a construir os processos de RH. 

Guillermo Gomez, CRO e Fred Miranda, Diretor de Produtos ambos da Flash sobre a importância da tecnologia e o uso da inteligência artificial integrado às principais HR tech do país para facilitar o uso pelos profissionais de RH, criando ecossistemas mais automatizados. 

A sócia da Monashees ressalta que a postura do RH deve ser pautada no benchmarking, na troca com parceiros de trabalho e fornecedores do mercado a fim de conseguir digitar o setor que cuida do maior ativo das empresas.

Arena Dimep Sistemas: Libertando-se da eterna sensação de não dar conta

A grande maioria das pessoas no Brasil enfrenta altos níveis de ansiedade e depressão, tornando o país um dos mais afetados por esses problemas no mundo. Segundo Giovanna Calenzani, Mentora em Carreira e Negócios, é crucial enxergar o trabalho como uma das muitas dimensões da vida, ao lado do lazer, da atividade física e dos relacionamentos.

Shirlei Lima, Head de Soluções na Dimep, afirma que a liderança desenvolve um papel bastante importante nessa missão para discutir qual é a visão, missão e mensagem que a empresa quer passar, tanto para seus colaboradores quanto para seus consumidores, visto que as novas gerações estão cada vez mais criteriosas, questionadoras e que priorizam a qualidade de vida. Ela reforça que as ações não podem ser pontuais, precisam de cadência e que ser líder não é só sobre a cadeira, mas sim sobre a postura de cada profissional. 

A médica e consultora de saúde mental, Simone Nascimento, lista algumas medidas que os líderes precisam praticar para evitar a sensação de não dar conta de tudo e diminuir o desgaste emocional da empresa: 

  1. Ter uma política muito clara sobre o que é uma carga de trabalho realista, não podendo tornar aceitável demandas exaustivas ou irreais;
  2. Os prazos devem ser claros para não causar nos colaboradores a sensação de que não foi feito o bastante;
  3. Criar uma cultura de feedback, com uma rotina definida não só para pontos de melhorias mas também para reconhecimentos positivos;
  4. Política de portas abertas para colaboradores, ou seja, garantir a segurança de que eles podem conversar e expor opiniões sem serem prejudicados;
  5. As empresas vão ser menos competitivas.

Arena Pandapé: Transformando colaboradores em promotores: estratégias práticas de Employer Branding

No terceiro e último dia de CONARH 2024, Suzie Clavery, co-fundadora da Employer Branding Brasil e CHRO na TotalPass, esteve presente no stand do Pandapé trazendo estratégias que podem ser adotadas para transformar os colaboradores em embaixadores da marca. Ela afirma que os embaixadores promovem confiança e credibilidade, ampliam o alcance das mensagens e melhoram a relação das pessoas com a sua marca. 

Clavery alerta sobre o que não deve ser feito ao tentar transformar os colaboradores em promotores da marca:

  • Obrigar a participação do time;
  • Controlar o que será ou não falado/publicado;
  • Sujeitar os colaboradores a compartilhar qualquer conteúdo da marca.

As empresas precisam oferecer uma relação de confiança e um ambiente seguros com os colaboradores para eles se sintam à vontade para falar da marca com naturalidade para suas redes, independente de qual for.